O Green Day que chega ao Brasil para shows em outubro é uma banda com horizontes que vão além do rock, mas ainda interessada na transgressão. E no corpo a corpo – literal – com os fãs
Para uma banda punk batizada com uma gíria sobre consumo desenfreado de maconha (no tal dia verde, ele é liberado), até que o Green Day soube fugir muito bem da imagem de três adolescentes problemáticos sem muito o que dizer. Nenhum outro disco de Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tré Cool alcançou a marca de 18 milhões de cópias de Dookie – outra gíria besta, sinônimo de cocô. O discurso hoje é bem mais politizado e o humor um tanto mais refinado. Melhor assim. Por mais que os palcos tenham crescido ao longo destes 20 anos em que a banda lança discos, a relação com os fãs nunca esteve tão íntima. A mulher de Billie – Adrienne Nesser, com a qual é casado desde 1994 – já chegou a jogar no Google “Billie Joe Armstrong bissexual” para ver que bicho iria dar. Encontrou páginas e páginas de fotos de seu marido tascando a língua na boca de fãs durante shows. Ficar nas proximidades do palco pode ser uma boa para quem não vê a banda no Brasil há mais de 12 anos. O grupo vai sair distribuindo carinho em quatro cidades: Porto Alegre (13, Gigantinho), Rio de Janeiro (15, HSBC Arena), Brasília (17, Ginásio Nilson Nelson) e São Paulo (20, Arena Anhembi).
Mas Billie faz questão de tranquilizar Adrienne. Volta e meia, afirma que nunca esteve com uma groupie em toda sua vida e que se alguma garota chegar a menos de um metro dele, a mulher bota para correr na hora. Até a declaração dada à revista gay The Advocate há 16 anos, dizendo-se bissexual, foi retificada recentemente: hoje ele diz não ter certeza se de fato gosta de meninos e meninas. “Sempre existiram pessoas que não aceitaram isso, que eram homofóbicas”, contextualizou em entrevista à revista americana Out. “Há diferentes cantores punk, de um cara chamado Cretin Chaos do Social Unrest a sujeitos como o Morrissey. Além de caras como Bowie ou Mike Ness do Social Distortion, que usavam maquiagem. Eu gosto de música que não tenha gênero especificado, como aquela do Replacements chamada ‘Androgynous’.”
Leia a matéria completa com o Green Day na Billboard Brasil
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